OOZ Labs na Lisbon Mini Maker Faire

Estivemos na primeira Lisbon Mini Maker Faire com um projecto, o Point-A-Sateliteinator.

Somos hackers e makers por natureza resolvemos aceitar o desafio dos organizadores da Lisbon Mini Maker Faire.

Trata-se de um dispositivo que literalmente aponta (com um dedo) para um satélite artificial.

Point-A-Sateliteinator na Lisbon Mini Maker Faire

A ideia surge depois de termos tido conhecimento do site Heavens Above e de ver regularmente a Estação Espacial Internacional (ISS) a passar sobre as nossas cabeças.

Após muita discussão sobre a forma de executar o projecto, resolvemos seguir com uma construção baseada em materiais leves, neste caso kapaline.

Por uma questão meramente prática o dispositivo que criámos dispõe de uma precisão aproximada, até porque as dimensões do próprio dispositivo impedem uma visualização exacta do objecto celeste.

Para o movimento de altura, entre o horizonte e a posição vertical, usamos um servo simples que executa um movimento de 90 graus.

Já o azimute necessita de girar 360 graus o que infelizmente não é possível fazer com servo simples, pelo que neste caso optamos por usar uma multiplicação de 1 para 2 com recurso a um elástico.

No que diz respeito aos satélites a “apontar”, escolhemos alguns que nos pareceram ser interessantes, um geo estacionário, o HISPASAT e três de órbitas variáveis. Para os de órbita variável, escolhemos a Estação Espacial Internacional (ISS), um satélite GPS e um satélite IRUDIUM.

A operacionalização deste projecto foi possível graças a um pequeno computador Raspberry Pi.

Usamos as informações disponíveis no Celestrak, juntamente com um conjunto de scripts em python, que processam a informação, recolhendo os dados de altitude e azimute, e controlando directamente os servos.

Podem consultar a última versão do código que esteve a funcionar na Maker Faire no github.

Deixamos apenas um pormenor relevante, rapidamente percebemos que o “tracking” em tempo real do satélite era bastante lento, pelo que optamos por “aldrabar” um pouco e apresentar uma visão futura da localização do satélite. Por cada segundo que passava, avançamos 10 minutos.

Esta técnica permitia uma visualização mais simpática do movimento, mesmo sabendo que não correspondia à posição real.